quinta-feira, 19 de junho de 2014

Sobre a avaliação de Comunicação...

Meu professor propôs...
O filósofo japonês Watsuji Tetsuro afirma que estamos todos inescapavelmente rodeados por nossa terra, sua geografia e topografia, seus padrões de clima e tempo, temperatura e umidade, solos e oceanos, flora e fauna, e assim por diante, além dos estilos de vida humanos resultantes dessas características, artefatos relacionados, arquitetura, escolhas alimentares e vestuário. O meio ambiente, tomado em sentido amplo, molda quem somos do nascimento a morte. Quando consideramos nosso clima não apenas como o ambiente geográfico natural de um povo e os padrões climáticos das regiões, mas incluindo também o ambiente social da família, comunidade, sociedade em geral, estilo de vida e inclusive o aparato tecnológico que suporta a sobrevivência e a interação da comunidade, percebemos que existe uma mutualidade de influência do humano para o ambiente, e do ambiente para o humano, que permite a evolução contínua de ambos. O clima é toda a rede interligada de influencias que, juntas, criam a totalidade das atitudes e valores de um povo. A cultura é essa mutualidade de influencias, gravada ao longo de eras, que continua a afetar o presente cultural de um povo. Quem somos nós não é simplesmente o que pensamos, ou o que escolhemos como indivíduos em nossa solidão, mas também o resultado do espaço climático em que nascemos, vivemos, amamos e morremos.
Qual a sua opinião sobre as ideias expostas acima de Tetsuro? Procure relacioná-las com os objetivos do seu curso.
Meu raciocínio...
Na minha vida, eu aprendi que as atitudes das pessoas é que transformam o meio ambiente em que vivemos. Não me recordo de alguém me dizendo exatamente que isso ou aquilo era errado, se tratando de assuntos ligados ao meio ambiente. Acredito que aprendi a respeitar, a me preocupar, ter senso e noção e até mesmo criei muita sensibilidade com a natureza seguindo bons exemplos.
Eu concordo com as ideias de Tetsuro, quando se refere ao clima como não apenas um ambiente geográfico. Eu penso que o meio ambiente não corresponde apenas ao meio físico e biológico, mas também ao meio sociocultural.
Uma população que tem tecnologias ao seu favor, senso de realidade e é bem instruída, tende a ter bons valores e a colaborar para a não degradação do ambiente em que vive. Mas a moeda tem dois lados e o outro lado neste caso é a outra parcela de uma população.
É imensamente mais difícil mudar os valores de uma população mal instruída, mesmo que essa parcela da população tenha acesso a tecnologias que permiti o conhecimento de atitudes certas ou erradas em relação ao meio ambiente, mesmo usufruindo de tecnologias e energias não renováveis. Mas para esse indivíduo mal instruído, o esgotamento de matérias primas e energias não renováveis é tão distante da realidade que ele vive, que isso não lhe importa.
O amor pelo ambiente em que se vive não é a realidade de hoje, nos pequenos e grandes gestos que vemos ao observar a população, o que se nota é um total desrespeito. Seja ao jogar um papel de bala pela janela do ônibus ou seja no desmatamento desenfreado.
A qualidade do meio ambiente em que vivemos está em total desequilíbrio por conta das atitudes dos seres humanos.
Todos nós estamos num barco com o casco furado, neste barco há aqueles que querem alargar o buraco do casco, porque estão de coletes e acham isso suficiente para a sua sobrevivência, aqueles que se empenham dia e noite tirando a água que invade o barco e pretendem fechar o buraco salvando todos e aqueles que esperam que o buraco feche sozinho.
Por fim, eu escolhi me formar na área ambiental para que eu consiga contribuir de forma direta à conservação de um bem que é de todos, mas que nem todos têm a preocupação de cuidar e preservar.

Juliana Santos

Um comentário:

Douglas disse...

Ótimos texto e reflexão Ju.
O João só podia te dado 10 mesmo.